Você certamente já ouviu a metáfora do copo meio cheio ou meio vazio. Ou quem sabe aquela sobre os óculos com lentes cor-de-rosa. O que não faltam são figuras ilustrativas para nos ensinar que a forma como decidimos enxergar o mundo faz mesmo diferença em como vivemos, trabalhamos, planejamos e lideramos.
Mas, embora saibamos disso, é comum esquecermos desse princípio quando lidamos com pessoas, o que inclui nós mesmos. Diante de um cenário complexo passamos a enxergar principalmente os limites que temos, assim como as deficiências daqueles que estão perto de nós ou que formam nossa equipe.
Fazemos isso com boas intenções para mapear debilidades, antever riscos e turbulências e nos preparar para o pior cenário. Mas esquecemos que pessoas também são um copo inteiro, com valores preciosos que às vezes passam despercebidos. O problema não está em ser cauteloso. Bons líderes não fazem vista grossa para as ameaças e planejam muito bem. A armadilha é supervalorizar a escassez nas pessoas e menosprezar suas virtudes.
Virtudes essas que são chamadas de “forças de caráter” na psicologia positiva. Essa corrente de estudo afirma que todos nós temos 24 dessas forças dentro de nós, mas há pelo menos 5 predominantes em cada ser humano. Elas são virtudes ligadas à nossa humanidade, à coragem, à sabedoria, à justiça, à temperança e à transcendentalidade. No VIA Institute on Character é possível fazer um inventário gratuito de suas forças de caráter.
Mais do que um teste de autoconhecimento, essa ideia de identificar e reforçar suas virtudes pode mudar a forma como você trabalha. Isso porque, ao treinar sua mente para olhar para suas próprias forças, você passa a usá-las de forma eficiente na resolução dos problemas. O mesmo acontece se você lidera pessoas e passa a enxergar seus valores. As ameaças continuam no contexto ou no ambiente, mas ao saber mais sobre suas forças de caráter, você tem as ferramentas para enfrentá-las.
É claro que há o perigo clássico da dose, em que o remédio pode se tornar veneno. Uma força de caráter usada de maneira ostensiva e sem equilíbrio pode, por fim, se transformar em uma fraqueza. É o caso do “humor”, que é uma força ligada à transcendentalidade e que pode ser muito eficaz no exercício profissional ou um fiasco se mal executada.
O que vai ser determinante entre um cenário e outro é justamente a forma como você decide enxergar e valorizar suas próprias forças e a dos outros. Na medida em que as pessoas consolidam o conhecimento de suas virtudes, passam a zelar por elas, usando-as como ferramenta e se posicionando de forma eficiente diante dos problemas. Não é enxergar apenas o copo meio cheio, nem a realidade contagiada por uma lente cor-de-rosa. É se permitir questionar o que é limitação e dar espaço para o que é potência.
Autor: Claudia Elisa Soares
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