Diante do "novo normal", mudar a mensagem para não soar indiferente à crise é estratégia para atrair audiência
Em 2020, a pandemia do novo coronavírus virou de cabeça para baixo os planos de marketing das marcas, que foram obrigadas a rever cronogramas e remodelar estratégias. Na publicidade audiovisual, surgiram limitações e novas exigências tanto em estrutura como em conteúdo. Passados quase oito meses de crise, um valor prevaleceu: empatia. É o que acredita André Sobral, produtor da Abrolhos Content.
Se por um lado houve o aumento de custos de execução das produções, por outro, as marcas se viram diante de um desafio ainda mais substancial: mudar a mensagem. Afinal, o que pode ser dito ou o que não é mais apropriado na comunicação para não soar indiferente à crise e continuar a atrair uma audiência que consome vídeos, filmes, séries e programas de TV mais do que nunca?
Foi preciso redobrar a atenção aos acontecimentos e mudanças de cenário, já que isso determinou a oscilação de comportamento do público ao longo dos meses. Agora, por exemplo, já chegamos em um momento de relativa estabilidade da pandemia no mundo todo.
O clima de alarme do começo foi substituído por um contentamento com o “novo normal”. Máscaras, higienização e distanciamento foram incorporados aos hábitos diários. Todos querem se distrair enquanto esperam a chegada da vacina. Ou seja, os olhares estão no futuro. Segundo Sobral, é nesse sentido que as marcas precisam estruturar seus discursos.
“A mensagem deve trabalhar ideias como esperança, resiliência, adaptação ao presente e convivência no momento recluso. É preciso se mostrar solidário e escolher histórias que envolvam esses elementos, inclusive de forma indireta, e mostrar os benefícios e vantagens de seu produto ou serviço nessa nova realidade”, declara.
No audiovisual, esses cuidados são contemplados nas imagens e nos sons. Assim, devem ser evitadas cenas de aproximação física, como beijos e abraços, com figuração ou em locais pouco espaçosos, como elevadores. Além disso, a trilha sonora ou voz do narrador deve trazer um tom de leveza, conforto e esperança.
Com a reabertura de cinemas e museus paulistanos em outubro, por exemplo, a Abrolhos Content divulgou o vídeo produzido para celebrar o começo da nova fase da Pinacoteca de São Paulo. As imagens mostram um pouco do ambiente externo do local, uma funcionária - de máscara - que gesticula a recepção aos visitantes na entrada e, por fim, os corredores vazios do interior do museu.
A produtora também vem trabalhando em uma série de entrevistas especiais com mulheres pilotos de avião para a AMAB (Associação de Mulheres Aviadoras do Brasil) e velejadores da ABVO (Associação Brasileira de Vela Oceânica), que têm histórias que inspiram força, superação e resiliência nas pessoas para enfrentar o período.
Além de obter gravações com luz e som de qualidade, transmitir experiências emocionantes à distância tem sido desafiador. Extrair um depoimento que tenha potência por meio de videochamada, exige uma pesquisa mais aprofundada e roteiros mais bem produzidos. “É preciso trabalhar o máximo possível a empatia para fazer reflorescer a experiência no entrevistado e conseguir que isso chegue ao público”, explica Sobral.
Em um momento de tantas incertezas, emoções à flor da pele e questões sociais sob holofotes, resta às marcas que desejam manter suas fiéis audiências trabalharem conteúdos de maneira ética e responsável, reforçando o sentimento de comunidade.
Autor: Abrolhos Filmes
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