Os ambientes corporativos seguem com o ESG como tema central para traçar o futuro das companhias, além de servir de termômetro para medir a reputação e gerar valores. Por conta disso, é comum que o interesse pela pauta surja por meio da pressão do mercado. Afinal, os consumidores e os colaboradores estão, cada vez mais, interessados em organizações que se preocupam com as práticas sociais e de proteção ao meio ambiente.
Um estudo feito pela ANBIMA (Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) indica que os critérios ESG mais observados pelas 209 gestoras de recursos participantes da pesquisa são a transparência e a ética (92% cada). Em comum, esses dois pontos têm o G de Governança, que é a base de todas as iniciativas, práticas e projetos, garantindo coesão entre ações da companhia e objetivo do negócio.
Assim, tomadores de decisão têm utilizado a pauta em planejamentos organizacionais. Porém, ao elaborar as estratégias de ESG é importante que os gestores pensem em ações concretas e estejam preparados para o que isso exigirá de transformação.
“É importante que o gestor saiba qual o momento da sua organização para traçar um plano de execução. Empresas familiares, por exemplo, precisam pensar primeiro na sua profissionalização. É difícil iniciar processos de transformações profundas na organização, se o gestor ainda esbarra em questões básicas de sucessão, por exemplo”, afirma Claudia Elisa Soares, conselheira especialista em ESG.
Para ela, as empresas que estão em processo de abertura de capital precisam se adequar, o quanto antes, às práticas de ESG. “Não dá para começar a jornada de organização listada na Bolsa sem a adoção de ações de governança corporativa e de sustentabilidade. Independente de qual estágio a empresa esteja, é essencial que a liderança analise suas práticas, colete dados e KPIs para, a partir disso, implementar as iniciativas de ESG”, sugere.
Outro ponto importante é entender e enxergar quem está por trás das discussões para a implantação das ações. A organização só seguirá na concretização de iniciativas sustentáveis e que abarcam as diferentes pessoas, quando reunir uma equipe de gestão realmente diversa.
“No Conselho, por exemplo, é importante ter representantes de áreas diferentes, mas também pessoas de idades, gêneros, perfis e personalidades diversas. Essa é a única forma de construir algo realmente inovador, de criar novas realidades e adotar práticas transformadoras nas diferentes esferas da sociedade”, conclui Claudia.
Sobre Claudia Elisa
Claudia Elisa Soares é especialista em ESG e transformação de negócios e líderes e conselheira em companhias abertas e familiares - Tupy, Even, Grupo Cassol, Bernoulli Educação e Gouvêa Ecosystem. Em mais de 30 anos de carreira ocupou posições C-level em empresas como AMBEV, GPA, Votorantim Cimentos, Via, FNAC e EMS. Também atua como palestrante, advisor e mentora.
Autor: Claudia Elisa Soares
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