No momento, o cenário é positivo para o ecossistema de inovação brasileiro. Nos cinco primeiros meses de 2021, as startups do país receberam US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 16,25 bilhões) em investimentos. Até maio, foram 261 aportes, segundo dados divulgados no relatório Inside Venture Capital. Mas o crescimento do setor também significa mais concorrência.
Diante disso, é importante que empreendedores que buscam captação estejam bem preparados e fujam dos erros mais comuns nesse processo. “Entre os fatores que mais dificultam a aproximação com investidores estão a falta de planejamento e a ausência de um valuation certeiro e atraente para o mercado”, destaca Leonardo Brasil, sócio fundador da StartupHero, startup que oferece serviços de relatório de avaliação para PMEs e startups.
Para ajudar os empreendedores à procura de recursos para alavancar seu negócio, Leonardo listou seis dicas valiosas. Confira:
Planejamento: Defina três objetivos para a captação
“Por que preciso de recursos e onde ele será aplicado nos próximos 12 a 18 meses?” Se o empreendedor não conseguir responder a essa pergunta, então ele ainda não está pronto para atrair investidores. Outras questões são: há pessoas para o time comercial? Haverá mudança de escritório? Qual a meta de receita bruta anual? A dica é estabelecer pelo menos três objetivos principais, que guiarão sua busca por aportes.
Valide seu negócio: Uma ideia sem ação não tem valor no mercado
Antes de buscar correr risco com o dinheiro do investidor, corra o risco por si mesmo e prove que o mercado tem demanda pela sua ideia. Quem investe sempre opta por algo concreto, não apenas em uma ideia solta no papel. “Ter ideias é fácil. Mas o que conta mesmo é sua execução. Se o empreendedor fizer algumas poucas vendas, o negócio já está validado”, diz Leonardo.
Sem tiro no escuro: Procure investimento nos locais corretos
Com a ideia validada e os primeiros resultados aparecendo, dificilmente um empreendedor conseguirá captação em fundos de investimento, que preferem empresas mais consolidadas, que já tenham se desenvolvido e passado por rodadas anteriores. O ideal é procurar grupos de investidores-anjo ou plataformas de equity crowdfunding. “Falar com o investidor na hora errada pode fechar uma grande porta no futuro”, afirma o sócio fundador da StartupHero.
Pitch deck: Atração à primeira vista
O pitch deck é uma apresentação que resume a ideia, traz dados de mercado, resultados atingidos e objetivos da empresa. “É a melhor forma de captar a atenção de potenciais investidores e maximizar as chances de fechar negócio. Por isso, é preciso caprichar no conteúdo, design e não deixar a apresentação muito longa e maçante”, explica Leonardo.
Valuation: Contrate um serviço de qualidade e adequado a seu segmento
Toda empresa que recebe um aporte financeiro é vista pelo investidor como um ativo financeiro. Por isso, ele busca um valor que considere justo no mercado. Um erro comum de empreendedores é acreditar que sua empresa recém-lançada tem valor altíssimo no mercado ou, ao contrário, desvalorizá-la demais. É preciso estimar um preço justo, que envolva dados de mercado, o histórico da companhia e perspectivas futuras, processo que é possível apenas com o valuation (relatório de avaliação), carro-chefe da StartupHero. É o documento que confere a segurança necessária no momento da negociação.
Plano B e Smart Money: Dinheiro com valor agregado
Leonardo afirma: captar investimento é um jogo de números. Mesmo que um investidor garanta que fará o aporte de sua empresa, o empreendedor deve ter sempre um plano B. Para isso, o ideal é abrir conversas com o maior número de investidores possível, a fim de ter mais chances de encontrar o que terá maior sinergia com o negócio. Além disso, é fundamental pensar além do dinheiro e filtrá-lo pelo seu histórico e o valor que trará para a empresa (smart money).
Autor: StartupHero
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